18/10/2008

Educação Infantil



Séculos XVII e XVIII – adulto em miniatura, participa da vida adulta e alta mortalidade infantil;
Mudanças
Reestruturação do núcleo familiar (pais e filhos)
Controle de doenças;
Sentimento de paparicação – criança ingênua e inocente;
Necessidade de educá-las e torná-las honradas;
Preocupação com a saúde física e higiene.
Século XIX – Era Industrial Capitalista – 1as. Instituições de E.I.


Creches -Para crianças de operárias e de cunho assistencial

Pré- Escola - Para crianças nobres e burguesas e de cunho educativo


Criança
"sujeito social e histórico, em processo de desenvolvimento, com um jeito próprio de sentir e pensar o mundo; faz parte de uma organização familiar, inserida em uma sociedade som uma determinada cultura" (RCNEI, v1, p.21)



Modalidades
Creches
– para crianças até 3 anos de idade
Pré-escolas – para crianças de 4 a 6 anos
Educação infantil: 0 a 6 anos

Creches e Pré-Escolas
Cuidar e Educar (ações integradas)


Finalidade da Educação infantil - "Desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade". (LDB, seção II, art.29)


Desenvolvimento integral
Aspecto físico
– conhecimento das potencialidades corporais, autoconhecimento, expressão de emoções, equilíbrio/deslocamento com segurança; implica cuidados nos aspectos biológicos como nutrição, crescimento, saúde/prevenção de doenças, segurança física/prevenção de acidentes, construção da identidade/imagem corporal.
Aspecto psicológico – desenvolvimento afetivo- emocional, estabelecimento de vínculos/relações que auxiliam na construção de uma auto-imagem positiva, atitudes no convívio social, compreensão de si e do outro; construção de uma identidade pessoal social.
Aspecto intelectual – desenvolvimento dos recursos para pensar, elaboração, apropriação e uso de formas para pensar, elaboração, apropriação e comunicação, envolvendo resolução de problemas.
Aspecto social – desenvolvimento das condições para o convívio social aprender a conviver com as diferenças, perceber-se como membro de um grupo, comunidade, sociedade, ambiente;


Complemento à ação da família – CMEI – espaço para ampliar e complementar a tarefa dos pais sobre a educação dos filhos, e não como substituto de seu papel de educadores.


v Desenvolvimento humano – de natureza biológica e cultural;
v Desenvolvimento físico – características externas- peso, estatura, voz... e características internas – cérebro;
v Desenvolvimento físico – segue a linha de evolução da espécie humana. As possibilidades de aprender e andar, falar, sorrir, desenhar, entre outras, estão ligadas ao amadurecimento do sistema nervoso e não são antecipadas por treinamento.
v A criança aprende muito nas relações com o meio, a cultura e experiências na vida cotidiana;
v Daí a importância da instituição infantil no sentido de ampliar e apresentar novas formas de atividades, de pesquisas e de descobertas que não são oferecidas diretamente pela vivência na família e na comunidade.

Desenvolvimento humano: estabelecimento de laços sociais e afetivos:
v A qualidade das experiências e laços afetivos nos 1º. Anos de vida são decisivos para o desenvolvimento humano.
v O papel das emoções;
v O toque – noção de si mesmo;
v Socialização e aprendizagens culturais;
Brincar, fazer experiências movidas pela curiosidade, ouvir música, participar de práticas culturais, de teatro, dança, narrativas entre outras, são ações que têm um profundo sentido educativo, pois levam ao desenvolvimento de redes neuronais, de bases de aprendizagens que são acionadas em aprendizagens posteriores.


Espaço: se refere aos locais onde as atividades são realizadas, caracterizados por objetos, móveis, materiais didáticos, entre outros.


Ambiente: diz respeito ao conjunto desse espaço físico e às relações que nele se estabelecem, as quais envolvem os afetos e as relações interpessoais do processo, os adultos e as crianças; ou seja, em relação ao espaço temos as coisas postas em termos mais objetivos, em relação ao ambiente, as subjetivas.


"Um ambiente é um sistema vivo, em transformação. Mais do que o espaço físico, inclui o modo como o tempo é estruturado e os papéis que devemos exercer, condicionando o modo como nos sentimos, pensamos e nos comportamos, e afetando dramaticamente a qualidade de nossas vidas. O ambiente funciona contra ou a nosso favor, enquanto conduzimos nossas vidas". (Greenman, 1998, p. 5 in Edwards, 1999, p.156)


Organização do espaço e tempo: para a criança o espaço é o que sente o que vê o que faz nele. Portanto o espaço é escuridão; é grande, enorme ou, pelo contrário, pequeno, é poder correr ou ter de ficar quieto, é esse lugar onde pode ir olhar ler, pensar.
O espaço então começa quando abrimos os olhos pela manhã em cada despertar de sono, desde quando, com a luz, retornamos ao espaço.
O espaço nunca é neutro, pois carrega em sua configuração, como território e lugar, signos e símbolos que o habitam.
Na realidade, o espaço é rico em significados, podendo ser lido em suas representações, mostrando a cultura em que está inserido através dos ritos sociais, de colocação de objetos, de relações interpessoais, etc.
Por meio da leitura das paredes e das organizações dos espaços das salas de aula das instituições de educação infantil, é possível depreender que concepção de criança e de educação o educador tem.
Não basta a criança estar em um espaço organizado de modo a desafiar suas competências, é preciso que ela interaja com esse espaço para vivê-lo intencionalmente.
Isso quer dizer que essas vivências, na realidade, estruturam-se em uma rede de relações e expressam-se em papéis que as crianças desempenham em um contexto no qual os móveis, os materiais, os rituais de rotina, a professora e a vida das crianças fora da escola interferem nessas vivências.


"Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com o grupo de crianças".


Planejamento pedagógico é atitude crítica do educador diante do seu trabalho docente. Por isso não é fôrma! "Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para a sua prática pedagógica."
"Planejar na Educação Infantil é planejar um contexto educativo, envolvendo atividades e situações desafiadoras, significativas, que favoreçam a exploração, a descoberta e a apropriação de conhecimento sobre o mundo físico e social." (Osteto, 2000, p. 177 e 192)


Planejamento:
O planejar sempre acompanhou a história da humanidade;
Todos pensam em planejar o seu dia. Pensar o dia-a-dia é planejar a nossa ação para atingir nossos desejos;
Todo planejamento requer:
Conhecimento da realidade, das suas urgências, necessidades e tendências;
Determinação de meios e recursos possíveis, viáveis e disponíveis;
Estabelecimento de critérios e princípios de avaliação para o processo de planejamento e execução;
Conhecimento das singularidades das crianças e das características socioculturais do grupo e suas necessidades;
Consideração das várias linguagens e suas diferentes formas de expressão;


Rotina:
Seqüência básica de atividades diárias;
Resultado da leitura do nosso grupo de crianças (gestos, olhares, choro);
Previsibilidades criativas e não monótonas;
Garante a vivência de continuidade, segurança, flexibilidade e receptividade do educador.


Algumas situações que permitem o desenvolvimento da criança:
Alimentação;
Higiene;
Descanso;
Organização dos pertences ou do grupo
Entrada e Saída;
Rotina é a realização do planejamento;


O planejamento permite:
Evitar o improviso;
Estabelecer caminhos;
Nortear o trabalho;
Qualidade das interações;
Reflexão sobre a prática (o que está dando certo, que mudanças podem ser feitas).
Formas de planejamento:
Listagem de atividades;
Datas comemorativas;
Aspectos do desenvolvimento;
Temas (tema integrador, tema gerador, centro de interesses).
Conteúdos organizados por áreas do conhecimento;


Projeto:
Traz a idéia de horizonte, de perspectiva, de linhas gerais;
Permite enfocar diferentes áreas do conhecimento em uma abordagem globalizada;
Privilegia o olhar da criança, sua expressão, questionamentos e seu silêncio;
Baseia-se em situações e assuntos significativos para a criança;


Pressupõe pesquisa;
Requer avaliação constante/reflexão de prática.


Os projetos educativos podem contemplar 4 eixos fundamentais:
1. O cuidar;
2. Construção da identidade;
3. Socialização e autonomia;
4. Ampliação e percepção da leitura de mundo;


Avaliação
As propostas pedagógicas para a Educação Infantil devem organizar suas estratégias de avaliação, através do acompanhamento e registros de etapas alcançadas nos cuidados e educação para crianças de 0 a 6 anos, "sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental" (LDBEN, art.31)

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