21/06/2008

Mudanças na Língua Portuguesa


Mudanças na Língua Portuguesa Acordo entre países que falam português pode mudar muita coisa nas normas que regem a escrita no Brasil.
Fernanda Leonel Repórter 09/05/2007

Que atire o primeiro dicionário quem nunca recorreu a uma gramática para não fazer feio na hora de passar para cartas, e-mails ou qualquer outra forma de comunicação escrita aquilo que já estava na caixola. Na hora de enfrentar o papel e a caneta, o bom português nem sempre sai fácil.
Fácil mesmo pode ser achar quem reclame da "dificuldade" da língua ou tenha sempre uma pergunta para fazer. Mas a tarefa não é mesmo das mais simples: segundo dados da Academia Brasileira de Letras, nossa língua possui nada mais, nada menos de 360 mil palavras.
O fato é que, complicadas ou não, as normas que regem a escrita no Brasil têm futuro incerto. Caso fique acertado o acordo ortográfico em discussão entre países que falam o português, muitas mudanças na maneira de escrever podem vir por aí.
A intenção com a mudança é tentar aproximar o português escrito no Brasil, em Portugal e em mais seis países - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe - unificando com isso a língua e dando mais força a ela. No futuro, um único dicionário poderia ser utilizado.
Caso o acordo seja aprovado, o trema, por exemplo, pode ser extinto. Adeus lingüiça, conseqüência ou tranqüilo com esse acento pouco usado entre a maioria dos brasileiros. As vogais duplas acentuadas com acento circunflexo também devem perder a acentuação. Palavras como vôo, enjôo e abençôo, por exemplo, perdem o famoso chapeuzinho.
Mas se engana quem pensa que só de "perdas" mudam as novas regras do português. Conforme explicou o professor do Colégio Academia e também do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), Pedro Gonçalves Pinto, é possível que passemos a escrever com consoantes mudas, já que para definir as mudanças, vale a "regra do mais usado" entre os países que falam português.
Dessa forma, palavras que perderam letras ao longo da história, como "acto", retornariam a ser escritas assim. "Optimo" e "acção", por exemplo, voltariam a fazer parte do nosso dicionário como grafia correta mais uma vez.
Embora não seja favorável à questão das consoantes mudas, o professor Pedro Gonçalves analisa as possíveis mudanças como positivas. Para ele, as mudanças em geral são subordinadas a espaços culturais. "A língua é viva e não é possível não tentar imaginar que daqui há algum tempo poderemos estar rediscutindo tudo isso que vai ser criado agora novamente", analisa.
Segundo Pedro é preciso despertar para essa necessidade de ver a língua como uma maneira de manter o padrão cultural, econômico ou social, forte. Isso porque, para o professor, quanto mais fraca estiver uma língua dentro de cenário cultural, mais fácil fica essa "inculturação".
"Quanto mais unificada, mais forte é uma língua. Se pegarmos a história, poderemos perceber que as grandes nações se projetam pela língua. Foi assim em 1789 depois da revolução com a França, no século XIX, pós revolução industrial com a Inglaterra, e está sendo assim agora com os Estados Unidos no pós-guerra", diz
O professor acredita que o mundo globalizado, as novas tecnologias e a dissociação das barreiras geográficas têm contribuído e muito para essa transformação lingüística. Na sala de aula diariamente com jovens e adolescentes, ele comenta que não é raro perceber como eles dominam outras "linguagens" como o internetês, por exemplo, e têm diversas dúvidas quanto à escrita do português.

15/06/2008

Bonecos de Papel - Charlie e Lola






















Charlie e Lola para colorir


Tudo o que hoje preciso saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância - Pedro Bial


A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.


Estas são as coisas que aprendi:
- Compartilhe tudo;
- Jogue dentro das regras;
- Não bata nos outros;
- Coloque as coisas de volta onde pegou;
- Arrume sua bagunça;
- Não pegue as coisas dos outros;
- Peça desculpas quando machucar alguém;
- Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
- Dê descarga; (esse é importante)
- Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
- Respeite o outro;
- Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco… desenhe… pinte… cante… dance… brinque… trabalhe um pouco todos os dias; - Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
- Quando sair, cuidado com os carros;
- Dê a mão e fique junto;
- Repare nas maravilhas da vida;
O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem… nós também.
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro claro e firme.
Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.
Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.
Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.


"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver".
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”Provérbios 22:6

14/06/2008

Festa Junina


Menino

Saquinho de doces - menina



Painel de Festa Junina : Nossa Alma Caipira

07/06/2008

Brincadeiras para Festa Junina


Boliche: Os pinos são feitos com latas vazias de refrigerante ou de batatas fritas, encapadas com papel colorido. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 2 metros de distância. A bola deve arrastar no chão até atingir os pinos. Cada participante pode fazer três tentativas. O coordenador anota o número de pinos derrubados em cada tentativa. Vence quem derrubar mais pinos.


Caça ao objeto: Faz-se uma lista de objetos fáceis de serem encontrados no local onde a festa será realizada. Reúne-se os participantes para avisá-los do tempo disponível e o nome do objeto que devem procurar. Ao sinal de um apito todos correm para procurá-lo. Ao sinal de outro apito devem retornar pois é o aviso de que o tempo terminou ou o objeto já foi achado. O primeiro que retornar com o objeto pedido é o vencedor. Se o objeto não for encontrado, pede-se o seguinte da lista.


Corrida do milho: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma das linhas, coloca-se uma bacia com grãos de milho. Atrás da outra linha, os participantes são reunidos aos pares - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia. Enchem a colher com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho no copo que seu companheiro segura. Vence a dupla que primeiro encher o copinho com milho.

Corrida do ovo na colher: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve segurar com uma das mãos (ou a boca) uma colher com um ovo cozido em cima. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, sem derrubar o ovo. Se quiser variar, substitua o ovo cozido por batata ou limão.

Corrida do Saci ou Corrida dos sapatos: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Na primeira linha, os corredores tiram os sapatos, que são levados para trás da outra linha, onde são misturados. Dado o sinal, eles devem sair pulando com o pé esquerdo até a outra linha. Depois de calçar seus sapatos, devem retornar, pulando com o pé direito. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, estando calçado de modo correto.



Corrida do saco: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve colocar as pernas dentro de um saco grande de pano e segurá-lo com ambas as mãos na altura da cintura. Dado o sinal, saem pulando com os dois pés juntos. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada. Nota: Para substituir o saco de pano pelo de plástico (grosso) de lixo, que é mais escorregadio, é preciso testar o local da corrida com antecedência.

Dança da laranja: Formam-se alguns casais para a dança. Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Os casais devem dançar, sem tocar na laranja com as mãos. Se a laranja cair no chão, o casal é desclassificado. A música prossegue até que fique só um casal.

Dança das cadeiras: Forma-se um círculo com tantas cadeiras quantos forem os participantes menos uma. Os assentos ficam voltados para fora. Coloca-se música e todos dançam em volta das cadeiras. Quando a música parar, cada um deve sentar numa cadeira. Um participante vai sobrar e sair da brincadeira. Tira-se uma cadeira e a dança recomeça. Vence quem conseguir sentar-se na última cadeira.


Jogo das argolas: Enche-se com água garrafas de refrigerante (plásticas e grandes) e aperta-se bem as tampas. Arruma-se as garrafas no chão com pelo menos um palmo de distância entre elas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante recebe cinco argolas (ou pulseiras), para fazer cinco tentativas. Vence quem acertar mais argolas nos gargalos das garrafas
Jogo do bicho ou Rabo do burro: Desenhe um animal de costas ou de lado numa cartolina e prenda numa parede. Cada participante deve receber uma etiqueta autocolante grande (já destacada). De olhos vendados, deve caminhar até o desenho e colar o rabo do animal. Quem colocar o rabo mais próximo do local correto é o vencedor.

Jogo do bigode: Desenhe numa cartolina um rosto masculino e prenda numa parede. Cada participante deve receber, em cada mão, uma etiqueta autocolante de tamanho médio (já destacada). De olhos vendados, deve caminhar até o desenho e colar os dois lados do bigode. Quem colocar o bigode mais próximo do local correto é o vencedor.

Pesca da maçã: Sobre uma mesa, coloca-se uma bacia com água* e maçãs boiando. Cada participante deve colocar as mãos nas costas e inclinar-se sobre a bacia e morder uma maçã. Quem conseguir ganha um brinde. (*De preferência, usar água filtrada)


Pescaria: Recorte peixes em cartolina e numere-os. Faça um corte no lugar da boca do peixe e prenda um clipe ali (parecerá uma argola). Faça varas de pescar amarrando um barbante em cada vareta. Depois, na outra ponta do barbante amarre um outro clipe aberto na lateral. O clipe quando aberto tem o formato de gancho, como um anzol. Espete os peixes numa grande bacia com areia. Ganha um brinde quem pescar o peixe com o número de maior valor.


Quadrilha: nas festas juninas, a música que geralmente é tocada durante a quadrilha é "Festa na roça", de Mario Zan. Mas, se você não tiver essa música disponível, coloque outra que seja bem tradicional e vá coordenando a dança. Não precisa ensaiar, é tudo no improviso!
Correio elegante: usando cartolina de diversas cores, faça pequenos cartões em formato de coração, de balão, redondo ou quadrado e coloque-os em uma cestinha. As próprias crianças poderão escrever mensagens para os amigos, mas sem se identificar. Um adulto entrega a mensagem para o destinatário, que deverá adivinhar quem a escreveu e poderá mandar um recado de volta. Pular a fogueira: chame as crianças para pular a fogueira de papel laminado.


Corrida de três pés: cada jogador amarra a sua perna esquerda à perna direita do parceiro e, assim, os dois pulam até a linha de chegada. Ganha a dupla que chegar antes.
Bingo: compre um jogo de bingo em qualquer loja de brinquedo e coordene a brincadeira. O vencedor leva para casa uma prenda.


Boca do palhaço: desenhe um palhaço em uma cartolina com uma boca bem grande e aberta. Recorte com estilete o espaço da boca - deixando os lábios. As crianças deverão acertas bolinhas pequenas - pode ser de tênis ou frescobol - na boca do palhaço.

Livro: Educação Inclusiva

06/06/2008

Carta de uma criança


“Quando estou construindo com blocos,
Por favor, não diga que estou apenas brincando,
Porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.
Quando estou me fantasiando,
Arrumando a mesa e cuidando das bonecas.
Por favor, não me deixe ouvir você dizer ele está apenas brincando.
Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Eu posso ser mãe ou pai algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos,
Ou modelando argila,
Por favor, não diga que estou apenas brincando,
Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Estou expressando e criando.
Eu posso ser artista ou inventor algum dia.
Quando eu estou entretido com um quebra-cabeça ou com algum brinquedo na Creche,
Por favor, não sinta que é tempo perdido com brincadeiras.
Porque enquanto brinco, estou aprendendo.
Quando você me vê aprendendo, cozinhando ou experimentando alimentos.
Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira.
Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber diferenças.
Eu posso ser chefe algum dia.
Quando me vê aprendendo a pular, saltar, correr e movimentar meu corpo.
Por favor, não diga que estou apenas brincando.
Eu estou aprendendo como meu corpo funciona.
Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.
Quando você me pergunta o que eu fiz na Creche hoje.
E eu digo: brinquei.
Por favor, não me entenda mal.
Por que enquanto brinco, estou aprendendo.
Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para o amanhã.
Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é BRINCAR.”

Atividades para a faixa etária de 0 a 3 anos



A MÚSICA DOS NOMES

IDADE: A partir de 4 meses.

TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.

OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.



HORA DA COLHEITA

IDADE: A partir de 3 anos.

TEMPO: Uma hora.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Cartolina ou papel cartão, argila, tinta, dado com um lado de cada cor, miniatura de um passarinho (de plástico ou origami) e vasilhas ou cestinhos coloridos.

OBJETIVOS: Integrar-se ao grupo e colaborar com os colegas.

PREPARAÇÃO: Cole uma gravura ou desenhe uma árvore cheia de galhos do tamanho de uma cartolina para servir de tabuleiro. Faça frutinhas de argila, deixe secar e pinte-as com as mesmas cores do dado que será usado no jogo. Em uma das faces dele, desenhe um passarinho. Confeccione também cestinhas de origami ou arrume vasilhas com as mesmas cores do dado e providencie um brinquedo em forma de passarinho. Coloque o tabuleiro sobre uma mesa e espalhe as frutinhas pelos galhos. O passarinho deve ficar solto. Em volta do tabuleiro, espalhe as cestinhas coloridas. Jogo para quatro crianças.Uma criança por vez lança o dado, retira da árvore a fruta da mesma cor indicada pelo dado e coloca-a na cestinha, também da mesma tonalidade. Se o dado cair com a face que traz o passarinho, é ele quem fica com a fruta. O objetivo é colher todas antes que o passarinho as coma.



TEATRO DE BONECOS

IDADE: A partir de 1 ano e meio.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou biblioteca.

MATERIAL: Fantoches ou dedoches.

OBJETIVO: Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens.Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como:- Quem trouxe você para a escola hoje?- Você tem amigos? Quem são?- Você já brincou no parque?- Você já tomou lanche?



MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ

IDADE: A partir de 2 anos.

TEMPO: Uma hora.ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL:Canetas hidrográficas, papel e envelopes.

OBJETIVOS: Tranqüilizar-se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares.Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar. Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário,guarde o desenho com as demais atividades



(AGRESSIVIDADE) LIBERANDO AS ENERGIAS


Mordidas, tapas, puxões de cabelo... Até os 3 anos de idade, é comum a criança expressar seus desejos e frustrações com atitudes que não são lá muito delicadas. Cabe ao adulto mostrar que há outras formas de se relacionar com o mundo. Oferecer às crianças um ambiente tranqüilo e acolhedor é o primeiro passo para diminuir a agressividade natural nessa fase: quanto maior o bem-estar, menor a necessidade de se expressar agressivamente.



CUIDADO COM A BONECA

IDADE: De 1 a 3 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO:Sala de atividades.

MATERIAL: Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.

OBJETIVOS: Brincar de faz-de-conta durante o jogo simbólico; tocar o colega; e ter um bom relacionamento com o grupo.Esta brincadeira é para meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro –necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar no faz-de-conta, momento que a criança aprende sobre as interações sociais. Por isso, é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina. Proponha que cada um pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar banho, trocar fralda e fazer carinho.




CHUVINHA DE PAPEL

IDADE: De 8 meses a 3 anos.

TEMPO: De 15 a 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL:Revistas e jornais velhos.

OBJETIVOS: Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos.



PAPAI VEIO BRINCAR

IDADE: De 3 meses a 1 ano.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala ampla.

MATERIAL: Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.

OBJETIVO: Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.PREPARAÇÃO: Decore o ambiente com os panos.Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.



JOGO DAS EXPRESSÕES

IDADE:De 2 a 3 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.

OBJETIVOS: Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.

PREPARAÇÃO: Desenhe na cartolina várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto etc. Deixe algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira.Convide a criança a apontar a que mais revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do colega porque tirou um brinquedo da sua mão.



CAMINHADA SOLIDÁRIA

IDADE: De 1 ano e meio a 3 anos.

TEMPO: De 5 a 10 minutos.

ESPAÇO: Áreas livres ou outros espaços.

OBJETIVOS: Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo terá de esperá-lo.



(ARTES VISUAIS) GRANDES TALENTOS



Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a perceber que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto – experiência que já é estética. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo. A vivência artística da criança será mais rica se ela tiver acesso a tintas, pincéis, lápis e canetas.



PINTAR E DESPINTAR

IDADE: De 1 a 2 anos.

TEMPO: De 10 a 15 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos.

OBJETIVOS: Explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, dureza e frieza); e observar e perceber as transformações, movimentos, formas e cores por meio da luz que atravessa o vidro.Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente...). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois, as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo.



MARCA REGISTRADA

IDADE: De 1 a 2 anos.

TEMPO: De 5 a 10 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Cartolina ou outro tipo de papel e sagu no sabor morango ou uva.

OBJETIVOS:Explorar os materiais (sagu e papel); perceber a marca pessoal; construir a auto-imagem; ordenar formas; e relacionar sensações corporais e registro gráfico.Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. Dê liberdade de movimentos aos pequenos, mesmo que não façam carimbos, mas pinturas livres (foto na pág. ao lado). Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, que pode ser feita com as crianças que já andam. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.



RASGUE E COLE

IDADE: De 7 meses a 3 anos.

TEMPO:De 10 a 20 minutos.

ESPAÇO:Sala de atividades.

MATERIAL: Papel Kraft grande, cola de farinha, revistas e papéis variados (forminha de brigadeiro, embalagem de bala de coco, figurinhas etc.).

OBJETIVO:Perceber diferentes formas, cores e estruturas tridimensionais. PREPARAÇÃO: Faça a cola: misture em uma panela 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 1 colher de vinagre. Mexa até engrossar e deixe esfriar. Dê às crianças diversas revistas para recortarem sem tesoura.Coloque sobre a mesa uma folha de papel Kraft já pincelada com cola de farinha em toda a área.Deixe à disposição das crianças os vários tipos de papel e recortes de revistas para que elas colem no papel Kraft. Vale sobrepor imagens. Ao final, pode-se fazer um painel coletivo e expor o trabalho.



UM PINCEL MUITOS PAPÉIS

IDADE: De 2 a 3 anos.

TEMPO: De 15 a 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Lápis de cor, giz de cera grande ou pincel grosso e vários tipos de suporte, como papel espelho, cartolina, papel cartão de cores diferentes, papel enrugado, papéis com recortes inusitados (com um furo no meio, por exemplo) ou, ainda, madeira, argila etc.

OBJETIVOS: Experimentar diferentes suportes gráficos; explorar várias possibilidades de registro gráfico; perceber diversas formas de expressão; e desenvolver habilidades motoras (dependendo do material, o ato de desenhar exige mais ou menos força, delicadeza para não rasgar etc.).Com um mesmo pincel, lápis de cor ou giz de cera, as crianças desenham sobre papéis de diferentes cores, formas, tamanhos e texturas (e até sobre outros tipos de materiais, como a madeira). Elas vão perceber diferentes efeitos ou tonalidades de um lápis, por exemplo, quando usado sobre superfícies diversas.



(CUIDADOS E SEGURANÇA) CARINHO E ATENÇÃO



Cuidar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável. O desenvolvimento das crianças na Educação Infantil depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo mundo que as cerca. O momento do banho ou da alimentação pode ser tão rico quanto o de uma atividade de artes plásticas. Tudo depende de como é organizado.



FRALDA SEQUINHA


O tom de voz da pessoa que cuida regularmente do bebê e seu jeito de tocá-lo informam a ele sobre as relações humanas. Antes de levar a criança para o trocador, é bom dizer que vai trocar sua fralda para ajudá-la a ficar limpa, seca e confortável (organize o material necessário e lava as mãos). Forre o trocador com a toalha da criança . Sempre olhe em seus olhos e converse com ela durante a troca. Remova as roupas sujas e a fralda com cuidado para evitar que fezes e demais secreções respinguem e contaminem você e o ambiente. Dobre a fralda suja sobre si mesma e jogue-a no lixo, que deve ter tampa acionada por pedal e estar perto. Se o bebê estiver com resíduo de fezes, limpe sua pele com água morna corrente e sabonete líquido neutro. Se for apenas de urina, use chumaços de algodão embebido em água morna. Deposite o algodão usado no lixo, Lave as mãos da criança com sabonete e água corrente. Seque bem as dobras da pele e coloque a fralda limpa verificando se ficou confortável. Acomode a criança na sala, no berço ou colchão e depois organize o ambiente e a sacola da criança. Lave as mãos e retorne para a sala.



LONGE DO PERIGO


Há normas específicas para a construção e a adaptação de espaços de Educação Infantil, publicados tanto pelo Ministério da Saúde como pelo da Educação. Todos os materiais (brinquedos, mobiliários e utensílios) e as atividades devem seguir as normas de segurança biológica (sobre toxicidade e contaminação) e evitar acidentes. Manuais sobre o preparo da alimentação e a higiene do espaço e dos brinquedos, elaborados por profissionais habilitados, devem ser adotados. Nas creches, os acidentes mais graves – que podem ser fatais – são engasgos, aspiração de vômito ou de alimentos e quedas. As crianças podem também engolir pequenos objetos ou introduzi-los em orifícios do corpo. Há registros, ainda, de intoxicação com produtos de limpeza, assim como erro na hora da medicação. Toda creche deve ter um protocolo de como agir em caso de acidentes, saber a quem chamar e como remover a criança, se necessário. Todos os educadores devem ser treinados por profissionais habilitados, a cada seis meses, em técnicas de suporte básico de vida para crianças. Os pais precisam preencher uma ficha contendo informações sobre atendimento em situação de urgência e emergência, autorizando a remoção do filho e fornecendo o nome do serviço de saúde em que deseja que ele seja atendido.



HORA DE PAPAR


A alimentação na creche deve ser integrada à rotina de casa. Um local para as mães amamentarem é essencial. Como algumas trazem o leite materno para alimentar os bebês na sua ausência, é necessário saber armazená-lo, degelá-lo, aquecê-lo e oferecê-lo. Também é preciso conhecer o cardápio adequado para bebês que estão em aleitamento misto (leite materno e não materno) e saber preparar e servir papa de frutas ou de legumes ao bebê em processo de desmame. Seguir cuidados de higiene e segurança no preparo e na oferta dos alimentos evita graves riscos à saúde, como intoxicação alimentar. Tenha sempre em mente a necessidade de prevenir engasgos, aspiração de líquidos regurgitados e, caso esses acidentes ocorram, saber como socorrer as crianças. Alimentar os bebês requer atenção individualizada e segurança. Após os 6 meses, aqueles que ainda não se sentam sem apoio das mãos devem receber as papas em cadeirinhas tipo bebê-conforto. Os demais ficam em caldeirões colocados em semicírculos. Assim, você atende dois ou três ao mesmo tempo. Por volta dos 8 meses, as crianças podem receber uma colher para ir prendendo a pegar o alimento e levá-lo à boca – tudo bem se elas quiserem tocar a comida ou levá-la à boca com as mãos. Os pratos devem ser fundos, inquebráveis e lavados com água quente e detergente neutro. Crianças que já andam podem se sentar em cadeiras adequadas à sua altura e, pouco a pouco, aprender a servir-se

] com a sua ajuda. Faz parte de a aprendizagem lavar as mãos antes das refeições e usar babador ou guardanapo.



(IDENTIDADE) QUEM SOU EU


A construção da identidade é gradativa e se dá por meio das interações sociais. Ora as crianças imitam o outro, ora diferenciam-se dele. Para ajudar os bebês nesse processo, você pode criarsituações nas quais eles se comuniquem e expressem desejos, desagrados, necessidades, preferências e vontades. Brincadeiras feitas em frente do espelho ajudam a criança a reconhecer suas características físicas. Já o desenvolvimento da auto-estima se dá conforme a criança incorpora a afeição que os outros têm por ela e a confiança da qual é alvo.



TODO MUNDO NA JANELINHA

IDADE: De 9 meses a 2 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Cartolina, caneta hidrocor, cola e uma foto de cada criança.

OBJETIVO: Favorecer o reconhecimento da própria imagem e da dos colegas.

PREPARAÇÃO: Em uma cartolina, desenhe um trenzinho com o número de vagões correspondente à quantidade de crianças. Pendure o cartaz na parede da sala antes de elas chegarem. No dia da brincadeira, peça aos pais que mandem uma foto do filho ou da filha. Peça aos pequenos que sentem em roda e coloquem a foto no meio do círculo. Aconchegue os bebês no grupo e converse com todos. Comente uma foto por vez. Mostre a imagem e diga: “Olha a Aninha!”, “Onde você estava?”, “Na praia, não é?”, “O seu biquíni era azul?”, “Quem já foi à praia?” Chame as crianças pelo nome, pois é muito comum na Educação Infantil o uso de apelidos. Depois dos comentários, cole as fotos nos vagões e deixe elas apreciarem. Inclua uma foto sua também. O trenzinho fica na classe até as férias. Você vai perceber que, sempre que possível, as crianças vão chamar as pessoas que se aproximam da sala para ver as fotos.



PRODUZIDOS PARA O BAILE

IDADE: A partir de 2 anos.

TEMPO: 40 minutos.

ESPAÇO:Sala ampla.

MATERIAL: Espelho de corpo inteiro, aparelho de som, tecidos, fantasias e maquiagem (testada dermatologicamente, antialérgica e sem álcool).

OBJETIVO: Favorecer a construção da identidade com o uso do espelho.Leve as crianças para uma sala que tenha um ou vários espelhos grandes para que todas consigam se ver ao mesmo tempo. Deixe as fantasias e os tecidos à disposição delas. Comece a atividade avisando que vai haver um grande baile e, por isso, elas precisam colocar uma roupa especial e se maquiar. Faça você a pintura no rosto das crianças ou peça ajuda a outro educador. Quando a turma estiver pronta, coloque músicas animadas e comece o baile. Depois que as crianças dançarem livremente, conduza a atividade sugerindo que façam caretas em frente do espelho, dobrem os joelhos, levantem os braços, expressem tristeza,balancem a cabeça e movimentem os tecidos que seguram. Sugestão: maquie-se e fantasie-se você também para curtir junto.



CADÊ MINHA FOTO

IDADE: A partir de 1 ano e meio.

TEMPO: Uma hora.

ESPAÇO:Todos os espaços da escola e o tanque de areia.

MATERIAL: Fotos das crianças, cola e plástico adesivo.

OBJETIVO: Reconhecer a própria imagem e a dos colegas.

PREPARAÇÃO: Encape as fotos com o plástico adesivo para que não estraguem. Elas devem ser as que estavam no trenzinho, descrito na atividade Todo Mundo na Janelinha. Esconda-as no tanque de areia.Quando as crianças entrarem na sala, comente: “Onde estão as fotos do painel? Sumiram! Alguém viu? Não? Vamos procurar?Devem estar em algum lugar na escola...” Indique alguns espaços para elas procurarem as imagens, deixando o tanque de areiapor último. Se a foto encontrada não for a da própria criança, peça que ela a entregue ao dono. Quando todos estiverem com as próprias fotos, podem voltar para a sala e colá-las novamente no painel.



CADA UM É DO SEU JEITO

IDADE: 3 anos.

TEMPO: Uma hora.

ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.

MATERIAL:Papel Kraft, tesoura, canetas hidrocor e fita adesiva.OBJETIVOS: Construir a imagem do próprio corpo e trabalhar a auto-estima.Cada criança deita sobre uma folha de papel para que você possa desenhar a silhueta dela. Recorte o contorno, escreva o nome dacriança e entregue a ela para completar o desenho com olhos, mãos, joelhos etc. Nesse momento, incentive a criança a observar o próprio corpo. Não espere nada figurativo. Quando todos concluírem o trabalho, cole as silhuetas lado a lado na parede e estimule a observação: “Olha! A Iara é mais alta que o Pedro”. Converse bastante sobre as particularidades de cada uma. Esse diálogo contribui para a construção da auto-imagem e da auto-estima, pois a criança interioriza o afeto que você e os colegas têm por ela, expresso na conversa.



CAIXA DE SURPRESA

IDADE: A partir de 2 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.

MATERIAL: Caixas de sapatos e espelhos pequenos protegidos por uma moldura resistente. Se não houver espelhos na escola, peça aos pais para providenciarem.

OBJETIVO: Brincar com a própria imagem.

PREPARAÇÃO: Peça aos pais que enviem uma caixa de sapatos enfeitada de casa. Antes de a atividade começar, cole o espelho no fundo de cada caixa.Reúna as crianças em círculo e entregue a cada uma sua caixa. Primeiro, peça a elas que apenas segurem. Comente as diferenças entre elas. Fale das cores, dos desenhos, se têm brilho... E avise: “Sempre que vocês abrirem a caixa encontrarão uma surpresa”. A primeira “surpresa” será a criança se ver dentro da caixa, refletida no espelho. Mantenha o espelho na caixa e, a partir da segunda vez, cada uma deve ter algo diferente, como maquiagem, escova de cabelo, saches ou outros objetos que façam parte do acervo da creche.



(INTERAÇÃO) AGIR E CONHECER



Até os 3 anos, a interação da criança com o ambiente se dá por meio da observação e da exploração do espaço, incluindo tudo o que está contido nele. Assim, para que ela adquira conhecimento por meio da ação, você pode planejar atividades que utilizem objetos variados, diversificando as possibilidades de interação também com o espaço e os colegas. Como a criança está aprendendo a falar, é fundamental conversar com ela durante as brincadeiras, mesmo que ela ainda não compreenda ou responda.



QUEM ESTÁ AQUI

IDADE: De 2 a 3 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala com pouca luz.

MATERIAL: Lanternas pequenas.

OBJETIVOS: Descobrir o que há no espaço e olhar os colegas de outra maneira.Entregue uma lanterna pequena e acesa para cada criança. Depois, leve-as a um espaço com luminosidade reduzida e sem móveis, para que não se machuquem. Ao chegar ao local, deixe que andem livremente pela sala, incentivando-as a explorar o ambiente. Uma idéia é procurar os colegas. Elas podem também iluminar partes do corpo do outro e tentar descobrir quem é.



HOJE É DIA DE NOVIDADE

IDADE: A partir de 4 meses.

TEMPO: Uma hora.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Caixa, objetos com diversas formas, texturas e tamanhos (caixinhas encapadas com papel ou tecido contendo areia, pedrinhas ou grãos variados), bexigas com um pouco de água dentro, pedaços de conduíte, rolos de papel-toalha pintados ou encapados, luvas cirúrgicas com talco, argolas, potes de filme fotográfico com miçangas, garrafas PET pequenas com pedaços de papel colorido, espelhinhos, chocalhos, tampas de vasilhas e saches. Obs.: as caixas ou outros objetos que contêm miudezas devem estar bem vedados, para que o conteúdo não escape.

OBJETIVOS:Conhecer os objetos e formas de interagir.

PREPARAÇÃO: Espalhe almofadas pelo chão para a sala ficar aconchegante e coloque as crianças sentadas sobre elas. Os bebês também podem entrar na roda, acomodados em assentos próprios.Inicie a brincadeira dizendo à turma que você trouxe uma caixa cheia de surpresas. Abra-a e tire de dentrodela um objeto por vez, mostrando as várias possibilidades de manuseio, as cores e os desenhos. Essa mediação é fundamental para despertar o interesse da garotada: é observando e imitando sua ação que a criança vai ampliar o repertório de movimentos e criar variações. Quando isso acontecer, chame a atenção das demais para o novo jeito de brincar. Assim você continua estimulando a imitação. Explore ao máximo cada peça, sacudindo, jogando, empilhando, torcendo ou colocando próximo ao ouvido. Só depois entregue-a às crianças. Distribua todo o conteúdo da caixa e permita que elas troquem as peças entre si. Os bebês interagem pelo olhar, mas também podem brincar. Se eles ainda não conseguirem segurar os objetos, ajude-os. Essa atividade pode ser repetida várias vezes na semana, com os mesmos objetos ou outros novos que você trouxer. Guarde-os sempre limpos.



CANTINHO DE LEITURA

IDADE: A partir de 9 meses.

TEMPO: De 10 a 15 minutos por dia.ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Tapete ou colchão, almofadas ou sofá em miniatura, bonecos de pano e fantoches de personagens familiares às crianças e vários livros.

OBJETIVOS: Interessar-se por histórias e explorar os livros.A experiência de manusear livros desde os primeiros meses de vida colabora com o aprendizado da leitura. Escutar histórias com regularidade também favorece a formação de melhores leitores e apreciadores do universo literário. Organize em sua sala um espaço de leitura que as crianças possam freqüentar e explorar, entrando em contato diariamente com livros, álbuns de imagens, fantoches e bonecos de pano.Vale lembrar que esse espaço deve ser confortável, acolhedor e atrativo. Assim, as crianças se envolvem por um tempo maior com suas atividades. Os livros e demais materiais expostos precisam ser resistentes.Se acontecer de algum ser rasgado ou amassado, conserte e ponha em uso novamente. Leia livros para o grupo. Por causa da idade, as crianças não ficarão sentadas em roda, como as mais velhas. O interesse de uma criança pequena por uma história lida pode ser percebido por reações de alegria ou tentativas de encenar a história. Observe esses sinais e incentive as crianças que os emitiram. Ao escolher as histórias para ler ou contar, opte por livros com ilustrações de qualidade. Não se preocupe com variedade, porque as crianças pequenas gostam de ouvir várias vezes a mesma história. Antes ou depois da leitura, lembre de dar um tempo para as crianças manusearem livremente os livros.



ARTE COM MINGAU

IDADE: De 8 meses a 1 ano e meio.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.

MATERIAL: Maisena, corante alimentar e água.

OBJETIVO: Interagir com o espaço.

PREPARAÇÃO: Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitada de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira.Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.



(MOVIMENTO) MEU CORPO



Para a criança pequena, mover-se é muito mais do que mexer o corpo ou se deslocar. É uma forma de se comunicar. A aquisição de novas habilidades permite que ela atue de forma cadavez mais independente no mundo. Essa autonomia só é conseguida com a confiança em si mesma e no ambiente. Por isso, é fundamental que a escola ofereça possibilidades de autoconhecimento e um espaço seguro e estimulante.


CORRIDA DE OBSTÁCULOS

IDADE: Até 3 anos.

TEMPO: De10 a 20 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.

MATERIAL: Colchonetes, tatames ou tapetes de EVA e obstáculos, como bancos, cordas, túneis, rampas etc.

OBJETIVO: Desenvolver a coordenação motora, noções de espaço, lateralidade, equilíbrio, deslocamento, esquema corporal, ritmo e atenção.

PREPARAÇÃO: Organize a sala forrando o chão com os colchonetes. Espalhe pelo ambiente alguns obstáculos.Proponha às crianças diferentes movimentos: ajude-as a rolar com braços e pernas esticados, para a frente e para trás; sugira que engatinhem por baixo da mesa ou de uma corda amarrada a uma altura baixa, dentro de um túnel, em uma rampa, em diferentes direções e em ziguezague; dê uma força também para elas andarem de frente e de costas em cima de um banco ou sobre materiaisdiversos, devagar e rápido, com passos de formiguinha e de gigante; incentive-as a trabalhar o impulso com pulos, saltos para a frente e para trás, livres ou sobre obstáculos.



CABANINHA TRANSPARENTE

IDADE: Até 3 anos.

TEMPO: De 30 a 50 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades ou parque.

MATERIAL: Tule com metragem suficiente para que as paredes da cabana cheguem até o chão ou várias tiras coloridas e compridas de papel celofane, bambolê, cola, tesoura, barbante, fita dupla face ou crepe e pequenos ganchos de metal no teto.

OBJETIVOS: Interagir com outras crianças e adultos; pesquisar diferentes sons e efeitos visuais com o uso de transparências, cores e texturas; ter controle motor e limites corporais em espaço pequeno; e se movimentar e se adequar a um espaço que muda de forma quando manipulado.

PREPARAÇÃO: Prenda pedaços grandes de tule ou tiras compridas de papel celofane em árvores, brinquedos de parque etc. Eles devem ir até o chão. Na sala, o tule ou celofane pode ser preso a pequenos ganchos no teto, com uma abertura central. Outra opção é amarrar tiras num bambolê, formando um círculo de caimento vertical com diversas aberturas por toda a circunferência. O tule é transparente e tem elasticidade e leveza, facilitando a manipulação das crianças sem a ajuda do adulto. Já o papel celofane produz um efeito visual de transformação das cores do ambiente e diferentes sons ao ser manipulado.As crianças podem brincar livremente de esconder e aparecer, vendo o mundo de diferentes cores.



ESTA É LEVE, ESTA É PESADA

IDADE: De 7 meses a 3 anos.

TEMPO: De 15 minutos a uma hora.

ESPAÇO: Sala ampla, pátio com solo liso ou gramado.

MATERIAL: Várias caixas de papelão resistente de diferentes tamanhos, jornais, revistas, cola, tesoura, fita adesiva larga, fita crepe e plástico adesivo.

OBJETIVOS: Desenvolver a autonomia; pesquisar habilidades corporais; relacionar o corpo com o peso e o volume dos objetos; e desenvolver aspectos sociais, afetivos e cognitivos. PREPARAÇÃO: Deixe algumas caixas vazias e encham outras com jornais. Fechem todas muito bem e decore-as com recortes de revistas ou fotos de bichos, brinquedos, objetos, meios de transporte, famílias, pessoas, situações de brincadeiras, de convívio social etc. A decoração deve ser feita de forma livre por você. Em alguns momentos, as imagens vão enriquecer suas aulas, quando o tema for bicho ou transporte, por exemplo. Encape as caixas com plástico adesivo para o material durar mais e para facilitar a limpeza. Espalhe as caixas vazias e estimule as crianças a realizar diferentes atividades com elas, como carregar, empurrar, virar, rolar, empilhar etc. Com as mais pesadas, elas vão explorar outros movimentos: debruçar, subir, pular, equilibrar, saltar e virar.


COMO NA PRAIA

IDADE: De 1 a 3 anos.

TEMPO: De 15 a 30 minutos.

ESPAÇO:Tanque ou chão de areia.

MATERIAL: Roupas confortáveis, fôrmas de vários tamanhos e desenhos, baldinhos, pás, colheres, água e um aparelho de som.

OBJETIVOS: Estimular a coordenação motora e o equilíbrio; oferecer estímulos sensoriais; e desenvolver a autonomia e a socialização.Permita que as crianças mexam com a areia livremente, apenas evitando que levem as mãos sujas à boca ou joguem areia nos olhos dos colegas. Ao mesmo tempo, estimule-as a perceber a textura da areia e as diferenças de toque quando ela está molhada ou seca. Isso possibilita novas experiências sensoriais. Questione se é mais fácil moldar quando ela está molhada ou seca. As crianças fazem desenhos e modelam a areia usando fôrmas e baldinhos, individualmente ou com a ajuda do colega. Elas podem também caminhar sobre a areia, experimentando como fica o equilíbrio numa superfície fofa. Outra opção é imprimir o formato das mãos ou dos pés, reconhecendo o próprio corpo (observando formas e tamanhos) na marca deixada. Depois, elas comparam as pegadas com os próprios pés. Enquanto a criançada anda no tanque, experimente colocar para tocar algumas músicas que falem sobre os pés.



(MÚSICA) DESCOBRIR SONS



Acriança consegue perceber sons e se expressar por meio deles desde os primeiros meses de vida. Por desenvolver outras capacidades, como sensibilidade, intuição, reflexão, criatividade, coordenação motora, dicção e ritmo, é importante começar a educação musical desde o berçário. Você pode incentivar os pequenos a cantar, além de educá-los musicalmente ao brincar com a voz, explorando possibilidades diversas como imitar ruídos e os sons de animais, de trovão etc.É essencial ter em mente que você atua como modelo e deve incentivar bons hábitos, como respirar tranqüilamente e manter-se relaxado e com boa postura, além de não gritar ou forçar a voz.



A NATUREZA FALA

IDADE: De 2 a 3 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.

MATERIAL: Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.

OBJETIVOS: Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.



BRINCOS DE PARALENDAS

IDADE: De 6 meses a 3 anos.

TEMPO:30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.

MATERIAL: Letras de músicas, brincos e par lendas.

OBJETIVO: Se divertir com a música.Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.)Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansarExemplo de par lenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira.)Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu



QUE SOM É ESSE?

IDADE: De 6 meses a 2 anos.

TEMPO:30 minutos.

ESPAÇO:Sala de atividades.

MATERIAL: Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.OBJETIVO: Descobrir e produzir diferentes sons.O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado). É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.



NOSSO REPERTÓRIO

IDADE: De 6 meses a 3 anos.

TEMPO: 30 minutos.

ESPAÇO: Sala de atividades.

MATERIAL: Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.

OBJETIVO: Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos sons.